quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Contra o direito universal ao voto

Boa noite, ilustres leitores.
Continuando minha cruzada contra a sociedade moderna, farei hoje mais uma crítica a um dos direitos constitucionais do nosso país:

O direito ao voto.

O direito ao voto foi uma das grandes conquistas sociais dos últimos tempos, permitindo que todos os cidadãos, sem distinção alguma, tenham o mesmo direito de opinar no futuro do país.
...
Bem, eu não sei quanto a vocês, mas quando um sistema permite que a opinião do indivíduo que passa o dia inteiro no bar, todos os dias, tenha o mesmo valor da opinião de, digamos, Albert Einstein, existe um problema no sistema.
Vou colocar isso de maneira bem simples. Pode parecer cruel, mas, na minha opinião, é a verdade.
Tem gente que não serve pra, digamos, jogar futebol. (Eu)
Tem gente que não serve pra matemática. (...eu)
Tem gente que não serve pra dobrar a língua como se fosse um canudo. (Isso eu consigo!)
E tem gente que não serve pra votar!
Mas, mesmo tendo isso em mente, todas essas pessoas tem o direito previsto na constituição de votar.
Resultado?

Um indivíduo como esse, cujo maior projeto político é ser capaz de gritar 'Meu nome é Enéas!', consegue votos o suficiente para eleger outros cinco deputados.

Não sei quanto a vocês, mas eu vejo um problema.
"Mas então, oh Furble, paladino da moral e dos bons costumes, o que faremos?"
Óbvio.
Em primeiro lugar, tornamos o voto facultativo. Isso já vai fazer com que o mundo de vagabundos que votam no primeiro indivíduo sem noção que eles vêem na TV só porque é obrigatório não precisem mais votar. Tiramos um monte de pedras do caminho.
Em seguida, pegamos sorrateiramente a constituição e passamos um risco preto bem grande na parte que diz que todo mundo pode votar.
Como agora o voto é facultativo, fica bem mais fácil avaliar a capacidade mental dos que de fato votam. No ato do voto, o indivíduo responde a um pequeno questionário, com algumas perguntas de conhecimento geral, história e atualidades. E, mais importante, no final do questionário, colocamos um jogo da memória. Assim saberemos se o indivíduo conseguirá se lembrar, na frente da urna eletrónica, de quem roubou seu dinheiro lá em Brasília.
Pronto! Com essa série de medidas simples, conseguiremos fazer o Brasil ir pra frente!

Por isso, nas próximas eleições, votem em mim! Meu nome é Fábio!

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