terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Contra o direito de procriar.

Meu carnaval:
Tédio, calor, tédio, calor
e só.
Antes de voltar a criticar o mundo, tenho uma pergunta bem simples:
Por que diabos o canal do SporTV2 é o 38 e o SporTV, o 39???
Não consigo viver num lugar onde o canal 2 vêm antes do 1, sem nenhum motivo lógico!

Indagação feita, vou prosseguir com minhas críticas.

Dessa vez, irei me opor ao direito de procriar.

Uma das tendências observáveis na natureza é que as espécies que se reproduzem mais frequentemente têm mais sucesso no meio onde vivem (Como, por exemplo, ratos, insetos, humanos...). Já espécies que não se reproduzem tão frequentemente, como os pandas gigantes da China, costumam se extinguir mais facilmente.
Nós pertencemos ao primeiro grupo, o que foi, com certeza, importante para que nos espalhassemos por todo o planeta e conseguissemos nos adaptar a quase todos os ambientes existentes.
O problema é que, depois de nos reproduzirmos até nos espalharmos por todo o globo, nós não paramos. E continuamos. E continuamos. E continuamos.
O que nos leva a atual situação: somos muitos, cada um de nós demanda muitos recursos, os recursos do planeta são limitados, e nos reproduzimos tanto que não damos ao ambiete tempo para que ele recicle os recursos já utilizados.
Isso não devia parecer muito importante quando o mundo tinha 500 milhões de habitantes e espaço para muitos outros, mas agora nos encontramos num momento complicado. Colocado de modo simples, se a taxa de reprodução continuar alta, não teremos recursos para sustentar a humanidade num futuro próximo.
Solução simples e óbvia?
Reduzimos o número de nascimentos.
Mas não do jeito chinês, onde cada casal pode ter um filho.
Fazemos do jeito inteligente:
Como cada criança nascida consumirá recursos raros e importantes, devemos ter certeza que tal ser tenha a maior chance possível de se tornar alguem importante para a humanidade.
Portanto, nós examinamos os pais da criança. Se eles passarem na avaliação, podem ter quantos filhos quiserem. Se não, meus pêsames, no kids for you.
Agora, quanto a avaliação em si, ainda não tenho em mente como exatamente ela seria. E não me perguntem, porque eu provavelmente nunca imaginarei ela direito.
Por outro lado eu tenho em mente alguns fatores que resultariam na desclassificação sumária e imperdoável do indivíduo:
Ouve funk frequentemente?
Se tiver perfil no orkut, sua descrição tem alguma coisa do genêro "Você detona? Eu explodo! Você domina? Eu comando! Você é bom? Eu sou melhor!" ?
Considera "Crepúsculo" a série mais romântica/melhor série sobre vâmpiros já escrita/filmada?
É politicamente correto ao ponto de ser chato?
Faria uma viagem de balão sobre o mar?
E por aí vai...
Desse modo, teremos certeza que qualquer criança nascida não sofreria influências negativas e cresceria para se tornar um adulto saudável, inteligente, que contribuiria de maneira importante para a humanidade e não passaria de carro pela rua com as janelas abertas e o som alto tocando tati quebra-barraco!

Bem, é isso aí. Derretam, senhores. Que nem eu. Santa merda, que calor.

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