terça-feira, 25 de maio de 2010

Cabelo

Olá, nação nerd! Feliz dia da toalha!

Hoje, farei algumas considerações a respeito do meu cabelo.

Em minha singularíssima e entediante pessoa, o meu cabelo é, provavelmente, a coisa mais estranha.
Você que está lendo essa bagaça provavelmente nunca teve um cabelo que nem o meu, que tem o volume umas três vezes maior que o da sua cabeça.
Deixe-me contar como é ter um cabelo assim:
Sua vó fala que seu cabelo parece o do poodle que ela teve um dia.
Sua tia que não te vê faz alguns meses, ao te ver, não te diz 'oi!'. Ela diz: 'nossa... que que é isso?'
Quando alguem que você não vê faz algum tempo te encontra, alem de falar 'nooossa, como você cresceu', dizem tambem: 'noooossa, faz tempo que você não corta o cabelo, hein?'
Te chamam de cotonete.
Te perguntam se você que nem aquele cara da propaganda, que escondia uma bola de basquete no cabelo.
Um segurança careca diz que, quando tiver cabelo, quer que seja que nem o seu.
E por aí vai...

Pois bem, agora vem a inevitável pergunta:
Por que eu deixo meu cabelo ficar desse jeito?
Reposta:
Não, não é por estilo, não é para eu 'me dar bem com as garotas', não é pra balançar quando eu faço headbanging, não é pra vender depois que crescer mais (embora isso seja uma boa ideia...), e não é como protesto contra a burguesia inerte que se recusa a aceitar padrões estéticos diferentes dos convencionais.
É pelo mais nobre e belo dos motivos:
Preguiça.
Só pensar em ir no cabeleireiro me deixa cansado.
Cortar o cabelo é, provavelmente, a atividade relativamente frequente que eu mais odeio.
Já reclamei, nesse blog, de comprar roupas.
Eu odeio cortar o cabelo pelo menos umas 7 vezes mais que eu odeio comprar roupas.
Só de pensar em cortar o cabelo, eu já fico mais irritado.
Primeiro você sai do aconchego do seu lar, onde você poderia estar fazendo algo muito mais produtivo (leia: dormir), pra ir no cabeleireiro.
Cabeleireiro é um negócio tão ruim que até pra escrever é chato.
Depois, você chega lá e, 9 entre 10 vezes, você tem que esperar.
E demora.
Então, depois de ler alguma revista que você já leu pelo menos umas 5 vezes em outras idas ao cabeleireiro (ou barbeiro, como chamam lá em casa), você se levanta e vai cortar o cabelo.
Primeiro você lava o cabelo naquelas cadeiras irritantes. Sempre, invariavelmente, vai cair água no seu ouvido. Depois você levanta da cadeira, meio com torcicolo, e dá uma enxugada cachorra no cabelo.
Depois você se senta na cadeira e o indivíduo pega aquelas capas horríveis e te semi-enforca com ela.
E depois disso, é um longo tempo em que sua maior diversão é olhar pra sua cara no espelho, mecher nos restos de cabelo que caem e pensar em como você vai ficar com cara de ovo depois que sair.
E demora. e demora. e demora. e demora.
Aí, quando você pensa que tá acabando, demora mais um pouco.
Demora DEMAIS.
Então, quando ele acaba, ele vêm com aquele espelho pra te mostrar como ficou o corte na sua nuca.
Como se alguém ligasse pra como o corte na nuca tá. Eu, particularmente, tô desesperado demais pra arrancar aquela capa enforcante e sair voando pela porta pra ligar pra como meu cabelo vai parecer pra alguem que me olhar por trás.
E o pior de tudo: você PAGA por tudo isso.
Como se isso não fosse o suficiente, você fica cheio de cabelinhos irritantes presos na gola da camiseta e te pinicando e você tem que tomar um banho pra eles sairem.

Quando eu corto o cabelo, eu normalmente o faço com o intuito de deixá-lo curto. Cabelo curto é muito mais prático, seca rápido, e você pode acordar e sair por aí sem ele parecer um tornado.
Porém, o fato de ter que ir no barbeiro me faz desistir dessa ideia e cultivar essa zona de guerra capilar que eu chamo de cabelo.
ODEIO cortar o cabelo.

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