terça-feira, 8 de junho de 2010

Futebol

(Post chato, leia por sua própria conta e risco)

Ontem, enquanto eu jantava, eu vi na SBT (acho) uma entrevista com o nosso ilustre presidente Lula, onde ele falava (advinhem sobre o que?) da Copa do Mundo e da Seleção Brasileira. Num país onde até o presidente da república tambem acha que pode ser técnico de futebol, a época da Copa é um negócio único: o brasileiro passa 3 anos e meio xingando o país, mas nas semanas anteriores à Copa, ele compra bandeirinhas, camisetas do Brasil, e vira patriota do dia pra noite. No Brasil, o futebol é, também, o ópio do povo.

Eu não gosto de futebol. Nunca gostei. Posso até ver um jogo de futebol, mas o fervor com que certas pessoas assistem um jogo é algo que foge da minha compreensão. É algo quase religioso. A pessoa torce pelo bom desempenho daquelas 11 pessoas desconhecidas, tentando enfiar uma bola dentro de umas traves, e parece que a vida dela vai mudar drasticamente com aquilo. Parece que, se seu time ganhar, ela não vai mais precisar trabalhar, vai acordar com um carro novo na garagem e com a moça da última capa da Playboy deitada ao seu lado na cama, quando na verdade o máximo que ela vai fazer é poder repetir uma das piadinhas manjadas para seu amigo que torce pra outro time, no dia seguinte.

Quando o assunto é a Seleção Brasileira, porém, é que toda a fixação do brasileiro pelo futebol vêm a tona. Técnico da seleção é um emprego que eu não gostaria de ter. O técinco da seleção está sempre errado. Não importa se a seleção vem ganhando todos os campeonatos possíveis e imagináveis, todo mundo sempre tem uma escalação melhor. O máximo que o torcedor brasileiro consegue fazer é ignorar a opinião do técnico - mas concordar com ela, jamais!

O Brasil está invertido: Todo mundo entende tudo possível sobre futebol, mas não entende patavinas de política. Todos toleram os milhões de reais roubados em Brasília, mas ninguem suporta ver o Ganso fora da seleção. O que eu proponho é uma medida simples: ao invés de toda a população votar para presidente, senadores e deputados, e um pequeno e seleto comitê escolher o treinador da seleção, deveríamos ter o inverso: de quatro em quatro anos, votação para técnico da Seleção Brasileira - e quanto ao presidente, aos deputados e senadores, esses poderiam ser escolhidos por um comitê de pessoas entendidas do assunto.

3 comentários:

  1. Arranje alguma coisa pra fzer Fábio!!!!!
    tb ñ gosto de futebol!
    mas quando a gente simplismente tem um gosto, INDEPENDENTE de qual seja.simplismente gostamos daquilo!
    do mesmo jeito q vc se sente quando ve uma banda q vc gosta num xou ao vivo.e vc ta na primeira fileira(apesar de musica e esporte serem coisas diferente, se visto ao pé da letra, tb é um monte de gente desconhecida q vai fica tocando la)..mas ai vc diz, a musica é arte, provoca sentimentos e tal..bom, futebol é a mesma coisa, visto pelos olhos de quem gosta.....e sua proposta pode ser tão destruidora quanto o atual sistema onde qualquer um vota..só lembrar d q qualquer grupo pequeno, que possui um grande poder, é facilmente manipulado e transformado em uma máfia

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  2. "só lembrar d q qualquer grupo pequeno, que possui um grande poder, é facilmente manipulado e transformado em uma máfia"
    digite isso no Google!
    aparecerá, você quis dizer "oligarquia"?

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  3. Mas eu viveria num mundo melhor sabendo que eu só poderia ser responsabilizado pelo fracasso da seleção (e não da saúde, do transporte público, educação...)

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