quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Big Brother Brasil

Começa mais um ano, e com ele, mais uma edição do incrível, fantástico, atômico e genial "reality show" da Rede Globo de televisão: o Big Brother Brasil!

O Big Brother Brasil, pra quem nunca viu ou ouviu falar (o que eu acho impossível ou, se possível, invejável) é um programa de televisão no qual se coloca, dentro de uma casa, 14 pessoas "comuns", engajadas em "atividades do cotidiano".

Com "comuns" eu obviamente quero dizer "aspirantes a modelos frustrados, homens com um óbvio histórico de abuso de bomba, celebridades de internet e gays ou transsexuais", e com "atividades do cotidiano", eu obviamente quero dizer "ficar o dia inteiro na piscina, na academia ou olhando pro teto, brigando por coisas imbecis, com eventuais pausas para festas ou, de vez em quando, uma prova idiota."

Reality show, como eu bem ia dizendo.

O fato claro e simples é que o programa, que atualmente encontra-se em sua DÉCIMA PRIMEIRA maldita edição, apresenta sinais de esgotamento, apesar de ser amplamente aceito entre a audiência brasileira. Portanto, verificando-se como seria extremamente difícil que o programa acabasse de vez, não irei aqui argumentar o porque o mundo seria um lugar bem menos desprezível com o fim do reality show. Ao invés disso, irei, aqui e agora, revelar algumas de minhas singelas ideias para tornar o Big Brother um programa menos enfadonho, impedindo, assim, que ele se torne a Malhação dos "reality shows":

1. Trocar o apresentador.

Pedro Bial, o apresentador do Big Brother em todas suas ONZE malditas edições, tem um conhecido e respeitado currículo acadêmico. Formado na primeira turma do curso à distância de "filosofia barata" da Unip, Pedro Bial foi contratado pela Globo por volta da época da conclusão de sua pós-graduação com ênfase no tema "metáforas ridículas". Após vários trabalhos na Globo, Bial finalmente encontrou seu ninho como apresentador do Big Brother, onde a falta de intelectualidade dos participantes permite que ele dê vazão à todo seu talento e faça seus discursos de qualidade intelectual duvidosa com toda liberdade. Durante as primeiras edições do programa, tais características poderiam ter sido um diferencial (ou não), porém, após ONZE malditas edições, a presença de Bial a frente do reality show começa a se tornar um verdadeiro estorvo. Portanto, eu advogo pela troca imediata do apresentador por uma personalidade diferente, que traga ao programa novos ares. No topo de minha lista de sugestões de novos apresentadores, figura a Palmirinha, que deixaria o programa tudo de bom ao pedir que suas amiguinhas dessem uma espiadinha entre os merchans.

2. Trocar os participantes.

Em todas suas ONZE malditas edições, o BBB sempre teve uma seleção de participantes extremamente heterogêneo, que se baseia no "rinoceronte de sunga" e na "gostosa com um vácuo no cérebro". Apesar da recente inclusão de pessoas mais diferentes na casa, como um meio de revitalizar o programa, o grupo mais representado ainda são os mencionados acima. Eu advogo, portanto, à favor da inclusão de tipos menos conhecidos da sociedade, como velhos rabugentos, hippies sujos, e aqueles caras permanentemente bêbados que passam 70% de suas vidas num bar.
Numa medida ainda mais ousada, os novos participantes poderiam ser não de outros grupos sociais, mas de outras espécies! Eu ficaria particularmente extasiado com um "Big Iguana Brasil" ou um "Big Peixinho Dourado Brasil".

3. Trocar a localização.

O BBB é realizado, desde sua primeira edição até sua atual DÉCIMA PRIMEIRA maldita edição, numa casa. Tá bom que é uma senhora casa, mas ainda assim, a localização completamente comum do programa retira muitas oportunidades de entretenimento. Ao invés de uma casa, as próximas versões do BBB poderiam ser feitas em locais mais diferenciados, como a cracolândia, uma pequena balsa no rio Tietê na altura de São Paulo, um pântano, ou, para nos mantermos em possibilidades mais palpáveis, uma simples casa na árvore.

4. Trocar as provas.

As provas executadas no BBB dão aos participantes vencedores certas vantagens, como a liderança, comida, ou um carro. Porém, tais provas são características por serem... imbecis. Na minha singela opinião, o programa seria bem mais interessante se as provas fossem mais... interessantes... Em outras palavras, se envolvessem, digamos, poços cheios de cobras venenosas, como no Pitfall, ou bombas que necessitassem ser desarmadas por leigos. Seria muito mais divertido!

5. Trocar o prêmio.

Todas as ONZE malditas edições do BBB deram ao primeiro colocado somas substanciais de dinheiro como prêmio. O programa seria muito mais interessante se as pessoas que saíssem PRIMEIRO da casa ganhassem muito dinheiro, e as ultimas a sair ganhassem prêmios menos consideráveis, como, sei lá, um pacote de espetinhos de frango ou um saco de copos descartáveis. Ao invés de pessoas hipócritas tentando agradar o Brasil inteiro para permanecer na casa e ganhar quilos de dinheiro, teriamos pessoas tentando desesperadamente SAIR da casa para não ganharem coisas ridículas.

Essas são algumas de minhas sugestões para acabar com o marasmo que se tornou o Big Brother Brasil. Agora vamos aos intervalos comerciais, mas antes disso, fiquem com uma espiadinha!!!

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